domingo, 13 de março de 2011

Sem anestesia

Ando acovardada, escondida, inerte e ao mesmo tempo exposta. Sufoco-me e depois grito em silêncio, acolho-me em meus cd's, meu quarto, meus livros e em meu próprio cheiro. Andei olhando o teto e pensando em me embriagar, mas não quero anestesiar tudo que estou sentindo, é como se eu quisesse todas essas sensações, pior, é como se eu precisasse sentir tudo isso. Sentir toda a confusão, o medo, a alegria, a euforia, a desilusão, a expectativa... Vê? Sinto-me enjoada de tantos sentimentos distintos, mas nem por isso quero deixá-los. A graça está em se sentir humano, a dor e a alegria me fazem imaginar a vida sussurrando em meu ouvido: "sim, felizmente ou infelizmente você está viva". E quando fui jogada aos prantos nesse mundo inconscientemente eu sabia que vim pra extrair toda a essência de tudo que me seria dado... Quase agonizo em certos dias, em outros nem tanto, mas tenho alimentado todos os meus sentimentos por opção, alguns eu ainda nem sei definir, outros já aprendi a controlar, é um jogo sem graça de sentir, um jogo sem volta de viver!

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