segunda-feira, 16 de maio de 2011

Morrer

Morrer deve ser como voar em um infinito, encontrar-se com estrelas, ver horizonte azul do céu, do mar. Deve ser como a flor murchando depois de encantar. Um som de harpa que você acha que vai escutar, mas aí é só silêncio, é lágrima, é lembrança. E há a dor é claro, mas não de quem vai, dor de quem fica. Algumas pessoas acham que deve ter um paraíso e se antecipam, apagam-se antes de brilhar na tentativa de achar um bom lugar, lugar melhor. Aqui o céu fica escuro vez em quando e por isso alguns querem achar uma luz ou apenas descansar daqui. Morrer deve ser quase adormecer olhando a chuva pela janela escutando os estalos das gotas batendo no telhado ou velejar em mar violento, adrenalina, força. Talvez seja encontrar-se consigo mesmo embaixo do luar ou na lua, quem sabe é perder-se. Pode ser o incerto, o não saber. Não sei o que é, não sei como, mas sei que é libertar, partir. Sei que é vazio de quem esteve presente, é frio no calor pra quem fica, é vontade de ver, saudade, saudade. É só e tanta, tanta saudade.

2 comentários:

PauloSilva disse...

Sou um amante da simplicidade.

Espero que morrer seja apenas o início de algo novo. Mas é tão bonito ler essas probabilidades. E infelizmente é vazio, escuro e doloroso... Infelizmente todos nos encontramos com a Morte. Mas até lá temos de viver, viver bem!

Beijinhos :)

Camila Alves disse...

A morta vista por um belo angulo. Gosto disso. Sempre prefiro pensar que tem algo grande esperando espíritos iluminados. Morrer faz parte da vida, mas só morre dignamente quem teve uma vida de verdade.

Obrigada pela visita.
Já te sigo!
Grande beijo!