quinta-feira, 30 de junho de 2011

A raiva atropelou...

Os dedos vacilam em tremores, o coração palpita sem ritmo, os olhos cerrados olham um ponto fixo e a voz impõe o que o outro duvida. A raiva consome em devaneios palavras sem melodia em um tom acima do usual. Já no espelho a imagem da lembrança tantas palavras ensaiadas, então digo "Olá" no casual disfarce e você diz "E aí" sem ciladas, eu até já sei que o silêncio não fracassa, impede. Remeto-me ao texto que criei hoje vacilante sobre seus erros, as sílabas desconexas tomam forma e digo teus defeitos, somando os teus anseios. A raiva atropelou o meu amor e pensei que morrer ele iria. É fim de noite quase dia e você me vem sorrindo à toa dizendo:"Ô minha menina, fica tranquila". Diz até lembrar de uma canção que me leva até você, e sorri-me fácil contente em me ouvir. Nem raiva, nem fim, meu amor levanta do atropelo, sacode-se sem lamento e veja só sorri ingrato acolhido por um encanto que nasce quando um sorriso teu muda o rumo do relógio e para o tempo.

2 comentários:

Cíntia' disse...

"e veja só sorri ingrato acolhido por um encanto que nasce quando um sorriso teu muda o rumo do relógio e para o tempo."

Muito booom!

Poeta Insano disse...

Olá Jéssica!

Sabe quê, somos realmente estranhos e vulneráveis diante de certas pessoas que conseguem estragar nossos erros, concertar nossos acertos, virar nossos avessos ao contrário?

Sim, disse exatamente o quê quis dizer, há pessoas que são tão necessárias em nossas vidas, que fazem-nos os loucos mais conscientes desse mundo.
Desconfio que isso seja amor...

Será?
Um abraço!