quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Breu


Aquele vinho ruim
E aquelas mesmas historias
Um cigarro queimando sozinho no cinzeiro
E eu queimando junto
Um brinde ao desespero
Um brinde a solidão
Me olho no espelho e vejo
Um sorriso embaçado
Meus lábios já salgados
E no olhar breu
O breu do recomeço.


Um comentário:

Fique mais um segundo... disse...

Oi, Jéssica, boa noite!!
Que lindo poema, menina!! Toda essa melancolia, essa definição perfeita de algo perdido,
como um cigarro queimado, essa ironia dolorosa de um brinde à perda... Realmente, lindo, sentimento puro,
perfeito.
O breu é o breu do fim, antes que o breu do recomeço. O recomeço se dá num breu que não é propriamente dele, como as manhãs vêm de noites que não são propriamente delas...
Logo, a luz se anuncia no horizonte!!
Amei.
Um beijo carinhoso
Doces onhos
Lello