segunda-feira, 25 de abril de 2011

Lágrimas do encanto

Como se fosse para me salvar de mim mesma alguma coisa deveria sair, um gemido, um ganido ou um sorriso. Foi lágrimas e foi sem querer e sem controle. Eu chorei me perguntando se era raiva, tristeza ou alegria, muita alegria. Tinha tanto dentro de mim que eu precisava que saísse, tinha tanta emoção boa, só alguns pesares e uma lágrima caiu. Várias, várias e um sorriso. A emoção chegou de um jeito que quase me atropelou, veio e bagunçou-me, a emoção me abraçou e quis mostrar as possibilidades porque embora pareça que não quase tudo é muito possível, eu senti sabendo que não cabia dentro de mim, era tanto e um tanto tão sem nome que me nego a questionar o que era. Sei que era bom, era de tirar meus pés do chão, era um leve que me pesava e dava para se ver nos olhos de quem quisesse ver que não era só eu. Encheu-me do que não ouso definir, encheu-me salvando eu mesma de um vazio tão grande, de um vazio que esmagava até semana passada e agora encheu tudo. Parece estranho chorar lágrimas de amor pela vida, e chorei sem motivo, chorei por não caber tanto em mim, por entender que não há nada, nada para se entender. O que há é contato, é sentir, é ver com os olhos que habitam na alma.

Um comentário:

Ananda disse...

*---* palavras que traduzem verdades minhas
volto sempre